https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/issue/feedSIG Revista de Psicanálise2025-06-13T20:02:46-03:00Sigmund Freud Associação Psicanalíticarevista@sig.org.brOpen Journal Systems<p>A SIG Revista de Psicanálise é a publicação científica da Sigmund Freud Associação Psicanalítica, editada regularmente desde 2012. Nos formatos impresso e online, em duas edições anuais, publica artigos teórico e teórico-clínicos, ensaios, resenhas, traduções de artigos de autores estrangeiros e entrevistas no campo psicanalítico. Publica, ainda, textos voltados à interlocução entre a psicanálise e outros campos do saber, como filosofia, literatura, história e outras áreas ligadas ao estudo crítico da sociedade e da cultura. As propostas de publicação devem ser originais e inéditas no Brasil e serão recebidas em fluxo contínuo.</p>https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/162Editorial2025-05-29T23:03:40-03:00Mariana Steiger Ungarettimarianasungaretti@gmail.com<p>É com grande entusiasmo que apresentamos a edição número 26 da Sig Revista de Psicanálise, marcando o início da nova equipe editorial, formada em dezembro de 2024. Começamos este ciclo com o compromisso de dar continuidade ao trabalho rigoroso e sensível realizado pelas equipes anteriores, que souberam construir e sustentar este espaço fecundo de interlocução e transmissão da psicanálise.</p>2025-06-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/155Corporeidades contemporâneas... “humanas, demasiado humanas” 2025-04-07T15:52:34-03:00Rubens Volichrubensvolich@gmail.com<p>A clínica e a teoria psicanalíticas evidenciam como as vivências corporais se constituem como fundamento primordial da constituição subjetiva. A partir das interações com o outro humano, desenvolvemos um corpo marcado pela erogeneidade que vai além do meramente biológico, manifestando o desejo, as pulsões e todo o campo representativo.</p> <p>Na contemporaneidade, observamos comportamentos como a incessante procura pela estética perfeita, a obsessão pelo rendimento físico otimizado e a constante necessidade de aprovação pelo outro – manifestos em procedimentos cirúrgicos estéticos, na prática exagerada de exercícios e no uso compulsivo das plataformas digitais – que sinalizam vulnerabilidades narcísicas e a forte presença do ego ideal nas dinâmicas subjetivas e nas relações pessoais e sociais.</p> <p>Este trabalho analisa como as formas atuais de alienação e de sofrimento psíquico se originam em falhas nas primeiras relações objetais, que comprometem os processos de organização da economia psicossomática, capaz de enfrentar demandas e expectativas tanto internas quanto externas. Esses sofrimentos intensificam-se no contexto da presença marcante dos recursos digitais e das redes sociais, onde o indivíduo persegue incessantemente o reconhecimento do outro como forma de confirmação de sua própria existência.</p>2025-06-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/150Silvia Bleichmar2025-03-10T15:40:10-03:00Marina Lucia Tambelli Bangelmarinabangel@hotmail.com<p>A clínica psicanalítica com crianças tramita em tempos fundamentais e fundantes do psiquismo, convocando os psicanalistas a uma prática precisa e ética diante da importância que suas intervenções têm para o futuro do sujeito. Silvia Bleichmar, partindo da metapsicologia freudiana, constrói uma proposta teórico-clínica sólida e profunda sobre os tempos originários da constituição psíquica. O objetivo do presente trabalho é apresentar um recorte destes, bem como o seu entrelaçamento com a psicopatologia infantil, com ênfase na importância do outro humano na constituição e nas recomposições psíquicas, bem como no caráter libidinal do sofrimento infantil, questões fundamentais no dessubjetivante contexto atual.</p>2025-06-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/156El retorno del modelo biológico y la amenaza a la revolución freudiana. Ampliar los senderos de Silvia Bleichmar2025-04-07T16:19:52-03:00Mara Sverdlikmarasverdlik@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">El artículo presenta una revisión del modelo epistemológico y metapsicológico de Silvia Bleichmar con el objetivo de poner énfasis en la originalidad y vigencia de sus planteos y profundizar a partir de las condiciones subjetivas contemporáneas, ejes conceptuales que requieren ser abiertos para ampliar el pensamiento de los orígenes. Retomamos a Silvia mencionando a Derrida donde el autor, antes de morir está muy preocupado por las resistencias internas del Psicoanálisis a su propia renovación y por la posibilidad de volver a ser una teoría desestabilizante.</span></p>2025-06-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/148Sobre a ótica de Silvia Bleichmar2025-02-25T14:18:51-03:00Mônica Medeiros Kother Macedomonicakothermacedo@gmail.comEurema Gallo de Moraeseuremagallo@gmail.com<p>A partir do reconhecimento do inestimável legado de Silvia Bleichmar, o artigo explora a psicanálise na interface com as dimensões ética, política e social a partir de proposições presentes em suas obras. Consideramos que, por meio dessas dimensões, é possível ilustrar a forma pela qual, na escrita de Silvia, se faz presente com reconhecida clareza a impossibilidade de dissociar a pessoa das condições com as quais exerce sua função profissional. Em cada linha de seus argumentos encontramos a coerência de sua posição como sujeito, cidadã e psicanalista. Assim, com inspiração no espírito interrogativo e não dogmático que marcou o modelo de transmissão da psicanálise por Silvia, consideramos que exercer o ofício de psicanalisar é reconhecer o valor de revisar, nos trâmites e nas intercorrências da clínica e da cultura, os fundamentos e os desdobramentos da teoria psicanalítica. Buscamos, portanto, na escrita deste ensaio, eleger pontos na obra de Silvia Bleichmar que pudessem fazer jus à densidade, à originalidade e à complexidade de seu pensamento.</p>2025-06-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/168Psicoanálisis “de frontera” y procesos de neogénesis2025-06-13T20:02:46-03:00Facundo Blestcherfacundoblestcher@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Las problemáticas clínicas contemporáneas interpelan nuestra praxis en su capacidad de resolución del sufrimiento humano. Allí donde el método analítico clásico resulta insuficiente para el abordaje del padecimiento psíquico, se despliega un psicoanálisis “de frontera”, que aspira a producir reordenamientos de la tópica psíquica. La conceptualización de Silvia Bleichmar acerca de las “simbolizaciones de transición” apunta a ampliar el alcance de nuestros instrumentos clínicos, incluyendo intervenciones que se orientan a producir una simbolización para aquello que no ha logrado ese estatuto, promoviendo la recomposición del entramado psíquico. Esta perspectiva inaugura la posibilidad de desplegar, en el marco mismo del tratamiento analítico, procesos de neogénesis que propician la constitución de lo no constituido y el clivaje y reorganización de lo inscripto psíquicamente en nuevas tramas simbolizantes. </span></p>2025-06-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/145O bebê no século XXI2025-02-17T16:12:18-03:00Júlia Elisabeth Salaverry Dattelkremerjuliadattelkremer@hotmail.comCristina Gudolle Herbstrithcristinaherbstrith@gmail.comDaniela Piccoli Brasiliensedanielabrasiliense@gmail.comFernanda Dornelles Hofffernandadh@gmail.comJuliana de Azevedo Medeirosjulianamazevedo@hotmail.comMariana Oliveira de Azevedomarianapsioliveira@outlook.comSofia Acauan Simões Piressofiacauan@hotmail.com<p>O presente trabalho originou-se de um estudo em grupo, buscando aprofundar o tema da constituição psíquica em suas diferentes formas de cuidado, conforme propõe a contemporaneidade. Para isso, alguns participantes realizaram a observação de bebês em seus lares, e outros em escolas de educação infantil. A pesquisa teve como ponto de partida a forte referência dos estudos de Silvia Bleichmar sobre os movimentos fundantes do psiquismo, bem como a teoria Freudiana sobre o desamparo do início da vida. Assim, refletimos sobre a origem do sujeito, e, pensando que não basta nascer para viver, o intuito é trazer reflexões que promovam uma aproximação da complexidade e importância do imprescindível encontro do bebê com o outro que promove ações específicas, através das funções humanizantes, que se dá na intersubjetividade. Através desses encontros, marcas de satisfação se instauram, inaugurando, dessa forma, a sexualidade do sujeito do porvir e organizando o psiquismo.</p>2025-06-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/152Psicanálise, distopia e utopia2025-03-20T21:59:09-03:00Gisele Senne de Moraesgimoraes@uol.com.br<p>O artigo buscou destacar a relevância do campo afetivo para a formação do Eu principalmente, assim como do Supereu, necessários à instauração da lógica do processo secundário, bem como do princípio de realidade. Tendo em vista as transformações na atualidade, de ordem econômica, política, ambiental e tecnológica, acompanhadas de expectativas quanto a um futuro distópico, algumas construções de Silvia Bleichmar foram retomadas, sobretudo relativas às condições da identificação, para pensar sobre a relevância do plano afetivo à formação do chamado pensamento “racional”, ou seja, aquele pautado pela lógica do processo secundário e sob o princípio de realidade.</p>2025-06-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/116Entre a culpa e o silêncio2025-01-20T15:56:53-03:00Alexandre Patricio de Almeidaalexandrepatriciodealmeida@yahoo.com.br<p style="font-weight: 400;">Este artigo explora a depressão a partir da teoria do trauma de Sándor Ferenczi, com ênfase na identificação com o agressor. Utilizando o caso clínico de Fabiana, que sofreu negligência emocional na infância, analiso como a internalização de críticas e culpas maternas contribuiu para o desenvolvimento de estados depressivos na vida adulta. A noção de desmentido e o conceito de introjeção, comparado à incorporação de Abraham e Torok (1995), ajudam a entender como Fabiana não conseguiu simbolizar seu sofrimento, resultando em uma “cripta” psíquica onde a dor emocional foi aprisionada, gerando um ciclo de autoagressão e desconexão emocional.</p>2025-06-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/125As bases do inconsciente colonial2024-12-16T21:10:20-03:00Ronald Lopesronald.lopes80@gmail.comJairo Carioca de Oliveirajairocarioca.jc@gmail.com<p>Este artigo examina o inconsciente colonial como estruturante das relações de poder e subjetividades na modernidade ocidental e colonial. Com foco nas dinâmicas de gênero e raça, a pesquisa investiga como o racismo antinegro e a exploração de corpos colonizados se imbricam com as hierarquias patriarcais, perpetuando desigualdades. A partir da psicanálise, principalmente das teorias de Freud e Lacan, e das contribuições de autores como Glória Anzaldúa e Suely Rolnik, o estudo analisa a reprodução de mitos culturais coloniais que reforçam o assujeitamento feminino e racial. A metodologia inclui revisão bibliográfica de textos psicanalíticos e históricos, além de uma análise crítica das interseções entre sexualidade, poder e colonialidade. Os resultados indicam que o inconsciente colonial é central na manutenção de sistemas de dominação, especialmente ao estruturar subjetividades através do controle dos corpos e afetos colonizados. A conclusão reforça a importância de uma psicanálise sensível às questões de raça e gênero, capaz de enfrentar as consequências psíquicas do colonialismo.</p>2025-06-16T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/166Entrevista con Marina Calvo2025-06-07T17:08:00-03:00Marina Calvomarinaicalvo@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">La psicoanalista Marina Calvo, hija de Silvia Bleichmar, ofrece un testimonio íntimo y reflexivo sobre la trayectoria vital e intelectual de su madre, con quien compartió no solo vínculos familiares, sino también un profundo compromiso con el psicoanálisis. A lo largo de la entrevista, Marina destaca aspectos centrales del pensamiento de Bleichmar, especialmente su concepción singular del psiquismo y del proceso de subjetivación, con énfasis en la represión originaria entendida como una condición estructural ligada a la inscripción de marcas constitutivas en el sujeto. Resalta también el compromiso ético y clínico de Bleichmar, quien siempre buscó interrogar la práctica psicoanalítica a partir de una escucha no dogmática y atenta a la singularidad de cada persona. Para Marina, el psicoanálisis propuesto por su madre apuesta por la neogénesis, por la posibilidad de producir algo nuevo, abriendo espacio para transformaciones incluso frente a la repetición. Se trata, así, de un psicoanálisis vivo, que resiste la rigidez teórica y se mantiene comprometido con la potencia transformadora del proceso analítico.</span></p>2025-06-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/140Subjetividades contemporâneas sob a tela2025-02-04T15:19:15-03:00Bruna Mello da Fonsecabruna.fonsecam@gmail.com<p>O livro Entre o like e o burnout: reflexões psicanalíticas, de Marielle Kellermann, é cirúrgico ao tocar em problemáticas tão contemporâneas de forma clara e em profundidade. Publicado pela editora Blucher no ano de 2023, o livro traz importantes reflexões acerca das relações estabelecidas entre os sujeitos e as novas modalidades de virtualidade impostas pela cena tecnológica. Parte do aporte psicanalítico para a interpretação das vicissitudes de nossos tempos, revigorando a psicanálise e trazendo para o debate este que vem sendo um tema urgente. Aborda as análises online, o crescente culto a imagem e a valorização posta em likes, assim como ocupa-se de pensar o fenômeno do Burnout, assunto tão comentado de forma coloquial e que merece a consistência ética do exercício psicanalítico. Compreende-se ser um livro de valor à clínica contemporânea, pelas subjetividades que estão em curso, bem como pelo compromisso ético-político com o laço social e suas manifestações.</p>2025-06-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálisehttps://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/133As múltiplas vozes da psicanálise brasileira2025-01-20T16:11:52-03:00Júlia Gerhardtjuliagpsicologia@gmail.comGuilherme Franzon Bertiguilhermebeerti@gmail.com<p>O livro <em>Psicanálise à Brasileira</em>, originado a partir do encontro realizado no Grupo de Trabalho Psicanálise, Subjetivação e Cultura Contemporânea da ANPEPP de 2023, organizado por Fernanda Canavêz e Joel Birman e publicado pela Editora Devires, é uma contribuição fundamental para a psicanálise no Brasil. A obra propõe um movimento: uma psicanálise que não permanece estanque, que questiona suas teorias e seus vínculos com dispositivos de poder, reconhece os discursos críticos ao campo e está profundamente enraizada em nosso território. Busca resgatar o discurso político de forma afirmativa na psicanálise, evidenciando a impossibilidade de falar de psicanálise brasileira sem enfrentar as desigualdades, violências, silenciamentos e a colonialidade em nosso país.</p>2025-06-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise