SIG Revista de Psicanálise https://ojs.sig.org.br/index.php/sig <p>A SIG Revista de Psicanálise é a publicação científica da Sigmund Freud Associação Psicanalítica, editada regularmente desde 2012. Nos formatos impresso e online, em duas edições anuais, publica artigos teórico e teórico-clínicos, ensaios, resenhas, traduções de artigos de autores estrangeiros e entrevistas no campo psicanalítico. Publica, ainda, textos voltados à interlocução entre a psicanálise e outros campos do saber, como filosofia, literatura, história e outras áreas ligadas ao estudo crítico da sociedade e da cultura. As propostas de publicação devem ser originais e inéditas no Brasil e serão recebidas em fluxo contínuo.</p> Sigmund Freud Associação Psicanalítica pt-BR SIG Revista de Psicanálise 2316-6010 De match em match, o amor cai nas redes https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/142 <p>Este ensaio teórico analisa as novas configurações do amor e dos relacionamentos na era digital sob a perspectiva psicanalítica. A virtualidade transforma as interações humanas, promovendo novas formas de vínculo, mas também acentuando dinâmicas de idealização e frustração. A partir da concepção freudiana do narcisismo e do conceito de amor líquido de Bauman, discute-se como os aplicativos de relacionamento e as redes sociais reforçam uma lógica de consumo das relações, na qual o sujeito se apresenta como mercadoria em busca de validação e reconhecimento. A análise enfatiza como o espaço virtual favorece a criação de um "eu ideal" que se distancia do <em>self</em> verdadeiro, intensificando a fragilidade dos laços afetivos. A busca incessante por conexões reflete o conflito entre Eros e Thanatos, com a promessa de satisfação imediata frequentemente resultando em vazio e angústia. Autores psicanalíticos contemporâneos contribuem para a compreensão da complexidade do amor, destacando suas idealizações, expectativas e os impactos das desilusões. A Psicanálise revela que, apesar das transformações tecnológicas, a busca pelo amor continua atravessada pela incompletude do sujeito e por sua necessidade de reconhecimento. O estudo conclui que a mediação digital dos relacionamentos amplia tanto as possibilidades quanto as dificuldades do vínculo amoroso, exigindo uma nova leitura das dinâmicas psíquicas que moldam os afetos e a subjetividade na contemporaneidade.</p> Joana Alvares Ana Julia Dierings Emily Pinsetta Dalpian Laura Gabardo Baggio Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-09-29 2025-09-29 14 2 e2707 e2707 10.59927/sig.v14i2.142 Marcas do masoquismo originário e da passividade à luz da teoria da sedução generalizada de Laplanche https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/141 <div><span lang="PT-BR">A teoria da sedução generalizada proposta por Laplanche aborda a constituição do psiquismo tendo como ponto de partida a prioridade do outro adulto que no manejo do autoconservativo, nas trocas de fralda, no banho, no fazer dormir e no dar o leite encharca a cria humana de sua sexualidade inconsciente por via de mensagens enigmáticas, verbais ou não-verbais. As mensagens enigmáticas podem ter qualidade de implantação que viabiliza o processo de tradução, simbolização e construção de sentido no psiquismo do bebê e/ou de intromissão cuja característica é de violência, rigidez e imposição e submetimento. A incipiência do psiquismo do bebê ao receber a sexualidade do outro adulto coloca a cria humana em uma posição de passividade e masoquismo originário, universal a todos e constitutiva. O objetivo deste trabalho é interligar e desenvolver os conceitos teóricos e ilustrá-los através de vinhetas de um caso clínico para promoção de debate e exercício teórico clínico. Além disso, esta escrita tem a finalidade de pensar como ocorre a constituição psíquica em casos de fronteira com correntes masoquistas, de que forma as mensagens não traduzidas circulam dentro do psiquismo e, por fim, como se apresentam na atualidade da vida adulta. Compreende-se que um psiquismo invadido por mensagens sexuais enigmáticas encharcadas por violência, agressividade e traumatismos, terá obstáculos para traduzir estas mensagens e simbolizá-las, promovendo empobrecimento do Eu e um aparelho psíquico contaminado pelo intraduzível e o desligado, com maior possibilidade de repetição do que criação.</span></div> Carla Heloisa Schwarzer Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-09-22 2025-09-22 14 2 e2703 e2703 10.59927/sig.v14i2.141 Entre mãe e filha https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/135 <p>O presente artigo propõe-se a lançar luz sobre a temática das relações simbióticas entre mães e suas filhas meninas, compreendendo como ocorre, nesses casos, o processo de a filha tornar-se mulher. A pesquisa utiliza-se de uma metodologia qualitativa e empírica, além de uma análise audiovisual, com uma interpretação a partir da análise fílmica psicanalítica. Esse tema é discutido teoricamente a partir de cenas apresentadas nos filmes Cisne negro, Carrie, a estranha e Red: crescer é uma fera. A partir disso, conclui-se que a travessia da menina para mulher é dificultada quando há excesso de presença materna e que o caminho para se tornar mulher é singular em cada caso.</p> Geórgia Fiori Carolina Neumann de Barros Falcão Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-09-22 2025-09-22 14 2 e2705 e2705 10.59927/sig.v14i2.135 O lugar da escrita psicanalítica no enquadre interno do analista https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/138 <p>O objetivo deste ensaio é articular a relação entre escrita e psicanálise, compreendendo sua dimensão ética e criativa no enquadre interno do analista. A escrita psicanalítica é analisada como um processo de inscrição que transcende o armazenamento de informações, permitindo uma vivência analítica e a criação de novos sentidos, os quais destacam a linguagem como central dos processos inconscientes. O texto propõe (i) a escrita como prática criativa e ético-reflexiva, integrando a análise pessoal do analista com a alteridade do paciente; (ii) a importância da sensibilização como abertura a novas possibilidades, rejeitando a fixação em métodos rígidos e privilegiando o movimento e a diferença e (iii) a apresentação da escrita psicanalítica como um ato ético que engendra sentido no campo analítico e cultural.</p> Felipe Szyszka Karasek Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-09-22 2025-09-22 14 2 e2706 e2706 10.59927/sig.v14i2.138 A mulher inteira constitui tabu https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/144 <p>A partir da interrogação “Quem tem medo do desejo feminino e por quê?” e da quase-afirmação de Freud de que “a mulher inteira constitui tabu”, este artigo propõe uma revisão teórica de conceitos freudianos acerca da mulher, abordando a problemática ter/não ter falo, inveja do pênis, complexo de Édipo, a mulher como tabu, até chegar ao ponto de abertura fundamental em Análise terminável e interminável de Freud. Neste texto, interessa a teorização acerca do enigma da feminilidade como conceito que transcende a lógica fálica e a identidade “mulher”. Proponho pensar, a partir desse ponto, para além da mulher, em todos os corpos sobre os quais se projetam tabus diante da aparição da diferença, que retorna como uma ameaça e se desdobra em violência. A partir disso, o objetivo do artigo é provocar reflexões para uma psicanálise comprometida com seu tempo, situada na ética da singularidade do desejo e implicada numa posição política que contemple e respeite as diferenças.</p> Renata Birck Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-09-22 2025-09-22 14 2 e2702 e2702 10.59927/sig.v14i2.144 Editorial https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/196 <p>Chegamos ao número 27 da SIG Revista de Psicanálise. Mantemos aqui o gesto que nos movimenta: fazer da revista um lugar de interlocução entre teoria, clínica e cultura, contemplando diferentes modalidades de escrita psicanalítica — Em Pauta, Artigos, Ensaios, Resenhas e Entrevista.</p> Mariana Steiger Ungaretti Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-10-23 2025-10-23 14 2 e2701 e2701 10.59927/sig.v14i2.196 A tese de Víctor Guerra https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/190 <p>O livro “Vida psíquica do bebê: a parentalidade e os processos de subjetivação”, de Víctor Guerra, é resultado de longos anos de estudos e experiência clínica com bebês. Nesta obra, o autor aprofunda conceitos psicanalíticos e apresenta suas próprias conceptualizações, além de uma ampla revisão bibliográfica de grande contribuição para o entendimento da metapsicologia da constituição do psiquismo, para os processos de subjetivação do sujeito e para a prática clínica psicanalítica com o bebê. São destacados os conceitos de intersubjetividade, ritmo, lei materna, objeto tutor e falso self motor e suas funções no processo de subjetivação — ilustrados na “grade de indicadores de intersubjetividade” desenvolvida por Guerra.</p> Angela Flores Becker Renata Chaves Serafini Tatiana Giron Cardon Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-10-17 2025-10-17 14 2 e2713 e2713 10.59927/sig.v14i2.190 Ler o masoquismo pelo avesso https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/171 <p>A obra <em>Gramáticas do masoquismo: escritos psicanalíticos</em>, de Sander Machado da Silva, realiza uma profunda investigação sobre o conceito de masoquismo. O percurso empreendido destaca a singularidade das propostas teóricas de Freud e Lacan sobre o tema, articulando a psicanálise, em seu exercício clínico e conceitual, com a cultura e outros campos do saber. O desenvolvimento da pesquisa também propicia uma série de desdobramentos que problematizam o estatuto da teoria e da clínica, bem como a inconclusividade que marca o fazer psicanalítico.</p> Rafael Werner Lopes Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-10-03 2025-10-03 14 2 e2712 e2712 10.59927/sig.v14i2.171 Entrevista com Julieta Jerusalinsky https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/197 <p>A entrevista com Julieta Jerusalinsky situa a infância contemporânea a partir da clínica psicanalítica, considerando que, por estarem menos estruturadas, as crianças estão mais expostas ao sintoma social de sua época, revelando assim os rumos que vão sendo assumidos pela cultura. A infância é atravessada pelo desejo de “ser grande”, sobrepondo a ideia de crescer à de realizar ideais, ao mesmo tempo em que, inconscientemente, a transmissão entre gerações é atravessada pela expectativa de que a geração seguinte possa triunfar onde a anterior fracassou. Por isso, as crianças estão tão atentas ao futuro. Mas é preciso interrogar como se produz a relação com o futuro quando tal esperança convive com a ameaça de um projeto civilizatório que propõe um consumo desenfreado com consequências de devastação ao meio ambiente, crises climáticas causadas por negacionismos políticos e injustiças sociais que recrudescem as intolerâncias com a supressão do convívio e respeito à alteridade. As crianças estão atentas a essas questões. A pandemia de Covid-19 não só privou bebês, crianças e adolescentes de experiências estruturantes, mas também catalisou as “intoxicações eletrônicas”, impondo uma sobredeterminação algorítmica que preenche com respostas prontas as brechas temporais e espaciais desde as quais poderiam se produzir criações inventivas. A virtualidade se apresenta como um quarto registro que tem feito obstáculo aos sintomas de estrutura em seu enlaçamento dos registros Real, Simbólico e Imaginário. Como saída ética e clínica, propõe-se sustentar o brincar, as experiências compartilhadas no convívio e a conversa como modos de elaboração e da sustentação dos laços para que o sentido do viver não seja aniquilado pelo individualismo, pela competitividade e pelo imediatismo impostos por respostas prontas que suprimem as nominações que podem ser produzidas pela subversão do sujeito do desejo. </p> Julieta Jerusalinsky Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-10-15 2025-10-15 14 2 e2714 e2714 10.59927/sig.v14i2.197 La multimodalité du langage dans la clinique psychanalytique du bébé https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/194 <p><span style="font-weight: 400;">Cette recherche s’inscrit dans la clinique psychanalytique du bébé et explore le rôle du champ tactile dans la construction psychique précoce. À partir du cas de Luca, un bébé de six mois, arrivant en consultation à la demande des parents, préoccupés par l’absence de regard de leur fils. L’objectif est d’interroger la manière dont le toucher peut devenir un vecteur d’interaction et de lien à l’autre au sein du processus thérapeutique. Notre réflexion s’appuie sur la théorie freudienne des pulsions (Freud, 1915) et la notion de circuit pulsionnel développée notamment par Lacan (1964) et Laznik (2000), ainsi que sur la réflexion de Couvert (2018) sur le champ tactile en tant que champ pulsionnel. La microanalyse de deux vidéos de séquences de séance ont été analysées à l’aide du logiciel ELAN, afin d’objectiver les interactions motrices, tactiles et visuelles du bébé avec sa mère et l’analyste. Les résultats mettent en évidence une évolution dans ses interactions, de plus en plus orientées vers l’autre, ainsi qu’un lien en construction avec sa mère. L’étude souligne également l’importance, pour les professionnels, d’élargir leur écoute aux formes non verbales de communication du bébé, en particulier le toucher. En reconnaissant le tactile comme l’une des modalités d’interaction du bébé, ce travail met en lumière la possibilité d’intervenir auprès des bébés en souffrance et de soutenir leur processus de subjectivation dans une perspective de devenir plutôt que la causalité.&nbsp;</span></p> Marie Nilles Dulcinea Alves dos Santos Erika Parlato-Oliveira Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-10-03 2025-10-03 14 2 e2710 e2710 10.59927/sig.v14i2.194 Autismo ou psicose https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/192 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo discute a distinção entre autismo e psicose na infância a partir de duas perspectivas: a psiquiátrica, com ênfase na evolução nosográfica dos manuais DSM e CID, e a psicanalítica, destacando o estatuto estrutural do autismo e seus desdobramentos clínicos. Na psiquiatria, reconstrói-se o percurso que vai da vinculação histórica do autismo às psicoses infantis (DSM-I/II; CID-6 a CID-9) à separação atual como transtorno do neurodesenvolvimento (DSM-5; CID-11). Na psicanálise, argumenta-se que autismo e psicose não formam um contínuo, mas estruturas distintas, com diferenças quanto à relação entre linguagem e corpo, presença de alucinações, temporalidade de aparecimento e vontade de imutabilidade. Conclui-se que a diferença entre esses dois diagnósticos — autismo e psicose — é condição para a direção do tratamento e para a articulação ética entre clínica, pesquisa e formação.</span></p> Renata Wirthmann Gonçalves Ferreira Rosana Fantini Luciana Rodrigues Mossolin Francisco de Assis Xavier Neto Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-10-03 2025-10-03 14 2 e2711 e2711 10.59927/sig.v14i2.192 A gramática do controle e a linguagem das infâncias https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/180 <p>O artigo propõe uma leitura psicanalítica e decolonial das violências simbólicas, afetivas e institucionais na escola, especialmente no início da escolarização. Parte de Sigmund Freud para entender o trauma como falha de simbolização, e de Sándor Ferenczi para formular a “confusão de linguagens” entre o discurso normativo do adulto e a linguagem corporal-afetiva da criança. Dialoga com Michel Foucault ao evidenciar o biopoder na pedagogia do controle e com Manfred Liebel ao afirmar as infâncias protagônicas como sujeitos de direitos, agência e participação. Com Silvia Bleichmar, mostra como o silenciamento institucional produz adaptação traumática e alimenta a medicalização precoce. Critica a centralidade de desempenho, metas e normalização, que converte sofrimento em “desvio”. Em resposta, propõe a ética do cuidado — escuta radical, vínculo e presença — como posição clínica e política capaz de sustentar o sofrimento sem apagá-lo e de transformar a escola em lugar de simbolização e reconhecimento.</p> Márcio Pereira Cabral Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-10-23 2025-10-23 14 2 e2715 e2715 10.59927/sig.v14i2.180 A multimodalidade da linguagem na clínica psicanalítica do bebê https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/169 <p>Esta pesquisa faz se inscreve na clínica psicanalítica do bebê e explora o papel do campo tátil na construção psíquica inicial. Baseado no caso de Luca, um bebê de seis meses, que chega através de demanda espontânea, cujos pais estavam preocupados com a ausência de olhar do filho. O objetivo é questionar a forma como o toque pode se tornar um vetor de interação e conexão com o outro dentro do processo terapêutico. Nossa reflexão se baseia na teoria das pulsões de Freud (Freud, 1915) e na noção de circuito de pulsão desenvolvida em particular por Lacan (1964) e Laznik (2000), bem como na reflexão de Couvert (2018) sobre o campo tátil como campo pulsional. A microanálise de dois vídeos de sequências de sessões foi analisada usando o software ELAN, a fim de objetivar as interações motoras, táteis e visuais do bebê com sua mãe e o analista. Os resultados evidenciam uma evolução em suas interações, cada vez mais orientadas para o outro, bem como um vínculo em construção com a mãe. O estudo também destaca a importância de os profissionais ampliarem a escuta das formas de comunicação não verbal do bebê, especialmente o toque. Ao reconhecer o tátil como uma das modalidades de interação do bebê, este trabalho destaca a possibilidade de intervir junto aos bebês em sofrimento e apoiar seu processo de subjetivação em uma perspectiva de devir e não de causalidade.</p> Marie Nilles Dulcineia Alves dos Santos Erika Parlato-Oliveira Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-10-03 2025-10-03 14 2 e2709 e2709 10.59927/sig.v14i2.169 Subjetividades contemporáneas https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/193 <p>El presente artículo interroga los modos contemporáneos de subjetivación a la luz de las transformaciones sociales y tecnológicas que atraviesan la adolescencia en la actualidad. A partir de la escucha clínica y de la reflexión psicoanalítica, se problematiza el impacto de la revolución tecnológica en las configuraciones identitarias y en los vínculos, marcados por una aceleración cultural sin precedentes. Frente a un escenario en el que el diálogo intergeneracional se debilita y los ideales simbólicos se reconfiguran rápidamente, el texto resalta la urgencia de evitar reduccionismos biologicistas, psicologicistas o sociologicistas, retomando el concepto freudiano de series complementarias. La clínica psicoanalítica es convocada a reposicionarse frente a nuevas formas de sufrimiento y a escuchar los ecos del malestar contemporáneo en los cuerpos y en las narrativas adolescentes. El artículo propone una reflexión abierta y crítica sobre el lugar de la identidad, del narcisismo y de los síntomas en el entrecruzamiento entre sujeto y cultura, en un tiempo en el que la subjetividad se reinventa constantemente.</p> María Cristina Rother Hornstein Copyright (c) 2025 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-10-08 2025-10-08 14 2 e2708 e2708 10.59927/sig.v14i2.193