SIG Revista de Psicanálise https://ojs.sig.org.br/index.php/sig <p>A SIG Revista de Psicanálise é a publicação científica da Sigmund Freud Associação Psicanalítica, editada regularmente desde 2012. Nos formatos impresso e online, em duas edições anuais, publica artigos teórico e teórico-clínicos, ensaios, resenhas, traduções de artigos de autores estrangeiros e entrevistas no campo psicanalítico. Publica, ainda, textos voltados à interlocução entre a psicanálise e outros campos do saber, como filosofia, literatura, história e outras áreas ligadas ao estudo crítico da sociedade e da cultura. As propostas de publicação devem ser originais e inéditas no Brasil e serão recebidas em fluxo contínuo.</p> Sigmund Freud Associação Psicanalítica pt-BR SIG Revista de Psicanálise 2316-6010 Psicanálise, democracia e outros temas urgentes https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/84 <p>Psicanálise e democracia trata-se de um livro que possibilita ao leitor refletir sobre os aspectos vertiginosos que estão atualmente no centro do debate público sobre a democracia. Organizado por Andréa Mongeló e Pedro Mandelli, ambos psicanalistas, a obra discorre acerca dos efeitos de elementos históricos presentes no corpo social do país, sobre fenômenos sociais que vêm transformando as formas de discursividade e construção subjetiva e, ainda, produz interrogantes ao pensamento clínico e às práticas psicanalíticas.</p> Lísia da Luz Refosco Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2411 e2411 10.59927/sig.v13i1.84 Sobre o interminável https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/91 <p><em>Psicanálise e judaísmo: do Livro à escuta</em>, é uma leitura valiosa onde sete autores promovem intersecções entre esses dois potentes campos que são a Psicanálise e o judaísmo, dentro da história do humano. Composta por um material farto em criatividade, filosofia, sensibilidade e humanidade, uma obra que suscita reflexões e contribui certamente para uma continuada discussão a respeito dos temas propostos.</p> Fernanda Faerman Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2412 e2412 10.59927/sig.v13i1.91 Editorial https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/117 <p>Sabemos que o sofrimento psíquico nunca está dissociado do momento político e social que vivemos, pois movimentos culturais produzem efeitos no psiquismo dos sujeitos. Neste ano de 2024, no Brasil, o golpe civil-militar completa 60 anos. Diante disso, entendemos que a Psicanálise tem um importante papel político de se ocupar com a rememoração, com o testemunho e a sustentação da alteridade. Assim, o eixo temático proposto para este número foi “Psicanálise, Democracia e Rememoração”.</p> Eneida Cardoso Braga Luiza Tolardo Dal Conte Andréa Bandeira Caldeira Mongeló Felipe Szyszka Karasek Gabriel Teitelbaum Natacha Hennemann de Oliveira Becker Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2401 e2401 10.59927/sig.v13i1.117 Apocalipopótese https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/118 <p>Este ensaio revisita a história dos 21 anos do golpe da ditadura militar, civil e empresarial no Brasil evocando algumas manifestações artísticas no campo das artes visuais e do cinema que deixaram registros vivos da violência de Estado e as consequências traumáticas na vida de muitas pessoas. Estas obras funcionam hoje como arquivos preciosos de memória. Abordo mais detidamente o trabalho proposto por Antonio Manuel e Hélio Oiticica realizado no Rio de Janeiro em julho de 1968 e que foi nomeado por eles de Apocalipopótese. Este artigo traz também uma extensa lista de filmes sobre o tema.</p> Edson Luiz André de Sousa Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2402 e2402 10.59927/sig.v13i1.118 Coletivo Testemunho e Ação https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/100 <p>O artigo propõe apresentar a constituição do Coletivo Testemunho e Ação, da Sigmund Freud Associação Psicanalítica. Marca os efeitos históricos e psíquicos da violência de Estado do passado e do presente, através do eixo histórico, político e os efeitos de alteridade na subjetividade, que enlaçam a clínica, a comunidade, as instituições e a política. Relaciona a experiência de violência de Estado que incidiu como interrupção do projeto Clínica dos Testemunhos e a constituição do Coletivo, como referência de trabalho nos eixos de memória, verdade, justiça e reparação psíquica, a partir do dispositivo do testemunho. Estuda sobre o passado político da violência do desmentido como forma de enfrentar o silenciamento que se mantém até os dias atuais, através da escuta abstinente e implicada dos testemunhos e o compromisso coletivo e público do “Nunca Mais”.</p> Coletivo Testemunho e Ação Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2403 e2403 10.59927/sig.v13i1.100 Hélio Pellegrino https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/83 <p>Esse texto resgata algumas memórias do autor durante o período de golpe de estado no Brasil, especialmente suas relações de amizade com o psicanalista Hélio Pellegrino, destacando suas importantes ações nesse sombrio cenário político.</p> Heitor O’Dwyer de Macedo Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2404 e2404 Horizontes de reparação cinquenta anos após o golpe de estado https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/99 <p><span style="font-weight: 400;">Por ocasião da comemoração dos cinquenta anos do golpe civil-militar chileno, este artigo reflete em tom clínico sobre as possibilidades de reparação para as pessoas que foram submetidas à violência extrema do Estado durante a ditadura. Para isso, o reparável se situa como uma busca sensível pelo reconhecimento da condição humana do outro, para o qual o valor do caráter íntimo da clínica, assim como uma ordem transferencial que permite acompanhar os analisandos através das catástrofes que os impactaram, possibilita a abertura de sentidos que, pela violência, foram reduzidos a significados desumanizados e macabros do ser.</span></p> Ignacio Fernández Rosas Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2405 e2405 10.59927/sig.v13i1.99 Narrar, rememorar e elaborar: https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/94 <p>A memória se tornou objeto de estudo em diferentes campos do saber, impulsionado pelos cenários de excesso e exceção que marcaram o século XX. A narrativa construída sobre os eventos passados é um território de constante disputa, na medida em que exerce um poder sobre o que será ou não inscrito na memória individual e coletiva, o que deixará rastro. Esse trabalho visa refletir sobre como os tempos da história – passado, presente, futuro – se articulam e podem promover mudanças tanto na direção do que já se passou, quando na direção do que está por vir. Nesse sentido, o testemunho se apresenta como ferramenta fundamental para permitir que os sujeitos recuperem a palavra, possam elaborar seus traumas, assim como transmitir e produzir marcas de memória. Utilizo o filme Argentina, 1985 para pensar sobre as diferenças entre uma política de memória e justiça, em contraponto à política de esquecimento e impunidade imposta pela autoanistia, no cenário brasileiro.</p> Giordanna Conte Indursky Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2406 e2406 10.59927/sig.v13i1.94 O golpe de 1964 https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/96 <p>Este testemunho concerne ao impacto do golpe civil-militar de 1964 sobre a subjetividade dos trabalhadores e considera que, a partir daí a violência psicológica no trabalho (campo privilegiado de experimentação das novas formas de dominação) vem sofrendo metamorfoses de alcance cada vez mais nocivo por meio de modelos de gestão cujo foco é a dessubjetivação dos trabalhadores em nome da “produtividade”. Entre os dois casos clínicos apresentados, há uma distância de 36 anos que nos permite constatar o agravamento vertiginoso dos riscos dessa violência no trabalho para a psique humana e a pólis.</p> Heliete Karam Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2407 e2407 10.59927/sig.v13i1.96 Travessias no tempo https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/101 <p>A colonização, a escravidão, as assombrosas experiências de destruição provocadas pelas guerras mundiais e regionais e as terríveis ditaduras civil-militares na América Latina revelam o maquinário de crueldade na cena pública e o trauma se inscreve como um fenômeno de massa e marca de nossa cultura. Este trabalho traz a ideia de que o testemunho tem sido um instrumento importante na construção de memórias, revelando-se um operador de novos sentidos na clínica e uma ferramenta que ilumina a verdade na cena pública. Restituir memória, pensamento, conhecimento, direito à fala, são formas inequívocas de resistência. Em cada narrativa testemunhal desponta um sujeito singular que se produz na diferença do que foi e do virá a ser.</p> Vera Vital Brasil Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2408 e2408 10.59927/sig.v13i1.101 Do trauma https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/98 <p><span style="font-weight: 400;">No contexto da comemoração do 50º aniversário do Golpe Civil-Militar chileno (1973-1989) e das consequências do terrorismo de Estado implementado naquele período, questiona-se sobre a reparação dessa violência, suas condições subjetivas e político-culturais. A partir desses elementos, o texto desenvolve quatro elementos fundamentais em uma perspectiva psicanalítica. O primeiro deles aborda as condições políticas e culturais necessárias para o trabalho clínico com sobreviventes de violência de Estado. O segundo trata da especificidade da clínica dos traumatismos extremos e da transmissão do trauma entre gerações. A terceira avança na questão da possível reparação a partir de duas vinhetas clínicas (uma da primeira e outra da segunda geração). Finalmente, na diferença com a clínica do fantasma e do inconsciente reprimido, procura-se elevar os tempos lógicos, já que a clínica do traumático se articula com a do fantasma.</span></p> Pablo Cabrera Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2409 e2409 10.59927/sig.v13i1.98 Entrevista com Fabiana Rousseaux https://ojs.sig.org.br/index.php/sig/article/view/97 <p>O eixo-temático desse número é: “Psicanálise, Democracia e Rememoração”. Recentemente, temos observado movimentações no campo político que reacendem a disputa sobre a memória de regimes militares que, de forma alarmante, vem sendo exaltados. Lutas que nunca cessaram, passaram a sofrer deturpações com objetivos extremistas que nos convocam a refletir sobre verdade, memória e justiça, pois colocam a democracia em risco. Neste ano de 2024, no Brasil, o golpe civil-militar completa 60 anos. Diante disso, entendemos que a psicanálise tem um importante papel político de se ocupar com a rememoração, com o testemunho e a sustentação da alteridade, pois movimentos culturais produzem efeitos no psiquismo dos sujeitos. A partir disso, convidamos a psicanalista Fabiana Rousseaux para uma instigante entrevista realizada pelo Coletivo Testemunho e Ação.</p> Fabiana Rousseaux Copyright (c) 2024 SIG Revista de Psicanálise https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-24 2024-09-24 13 1 e2410 e2410 10.59927/sig.v13i1.97