Chamada - "A psicanálise e as subjetividades contemporâneas"
Vivemos um período de demandas imediatas, derivadas de uma visão simplificada dos conflitos que originam sintomas. Além do excesso da busca por medicação vemos uma tendência, na clínica e na cultura, em abordar sintomas como “transtornos” específicos, como se estes estivessem desvinculados de uma tramitação pulsional. Silvia Bleichmar já nos alertava, em 2001, para a necessidade de um resgate do diagnóstico psicanalítico, ou um “resgate da determinação libidinal da formação do sintoma”, no sentido da prioridade das relações entre o aparelho psíquico e o mundo externo. Nas palavras de Silvia (2010, p. 16), é preciso “recuperar a proposta freudiana de sexualidade, que não tem nada que ver com a genitalidade, mas com tudo aquilo que passando pelo par prazer-desprazer, abarca as problemáticas do sofrimento psíquico e do amor e ódio.”
Para esse número pensamos em homenagear a brilhante psicanalista Silvia Bleichmar que teria feito 80 anos em 2024, ressaltando a atualidade do seu trabalho, bem como compartilhar reflexões de autores inquietos por essa temática. A partir disso, convidamos as pessoas interessadas em contribuir com o próximo número a enviarem os seus trabalhos até o dia 14/02/2025.
Referências:
BLEICHMAR, S. Entrevista com Silvia Bleichmar. Psyché, São Paulo, v. 5, núm. 8, p.193-203, 2001.
BLEICHMAR, S. Psicoanálisis extramuros: puesta a prueba frente a lo traumático. Buenos Aires: Editorial Entreideas, 2010.
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