A METAFÍSICA DO TESTEMUNHO DE JEAN NABERT: O RENASCIMENTO DO HUMANO APÓS O MAL SOFRIDO
DOI:
https://doi.org/10.59927/sig.v11i2.29Abstract
Jean Nabert destinou-se a permanecer nos bastidores da filosofia. Geralmente, é através da mediação de Paul Ricoeur que nos aproximamos da sua obra, pois este filósofo editou o trabalho póstumo O Desejo de Deus, atraindo a atenção dos leitores para o tema do testemunho. Este se enraíza na certeza absoluta habitando o sujeito que afirma seu ato de existir, ou seu "eu sou", apesar de todos os desmentidos da história. Ora, quando o mal é realizado ou sofrido, esta afirmação se ofusca: é necessário que um outro homem, ele mesmo, consciente do fato que o destino do outro não é diferente do seu, testemunhe que a existência não é condenada pelo mal sofrido e que outra possibilidade de esperança continua sempre aberta. É assim que a afirmação de existir e de valorar pode renascer em cada um graças ao testemunho de testemunhas que atesta o fato de que nada da "pequena bondade" da existência humana está perdido.
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