SABEMOS/PODEMOS/QUEREMOS SER SÓS? SUBJETIVAÇÃO E ANÁLISE EM TEMPOS DIGITAIS
DOI:
https://doi.org/10.59927/sig.v10i2.40Abstract
Considerando a capacidade de estar só como elemento essencial da maturidade subjetiva, em meados do século XX Winnicott formula um caminho constitutivo dessa aptidão, apoiado num processo de interiorização de relações primárias sólidas, íntimas e continentes. Parece-nos, hoje, que esta é uma arquitetura não do humano, mas de uma época, cujas transformações têm implicado mudanças de peso nos nossos modos de individuação. Este artigo se propõe a refletir sobre esta hipótese, trabalhando com a suposição de que a mediação das tecnologias digitais – em suas dimensões elásticas, brincantes, transicionais – seja, afinal, uma busca de reconstrução de sustentações necessárias.
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