Notas sobre a produção de subjetividade e modelagens algorítmicas da vida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59927/sig.v12i2.75

Palavras-chave:

Subjetividade., Inteligência Artificial., Tecnodiversidade.

Resumo

Este ensaio faz parte de uma pesquisa ainda em desenvolvimento, no campo híbrido da psicologia social e tecnologias digitais, e pretende fazer uma relação transdisciplinar com a psicanálise ao colocar em análise os modos como temos nos relacionado com interfaces de IA, problematizando a produção de subjetividades contemporâneas, a cafetinagem do desejo (ROLNIK, 2018) e as possibilidades encontradas a partir do paradigma da tecnodiversidade (HUI, 2020). Uma investigação que se ocupe do paradigma proposto como tecnodiversidade se atenta a outros modos de saber-fazer tecnológico, não limitado apenas a dimensão antropocêntrica e seus sistemas de dominação hegemonicamente instituídos, mas propõe agenciamentos com outras perspectivas de significar os encontros entre a moral e a técnica, abrindo condições de possibilidade para a expressão de cosmotécnicas que possam visibilizar outros campos de força e forma como resistência a pasteurização da vida. Descafetinar o desejo que anseia pela hiperconectividade e goza com a aceleração do tempo tem a ver com as possibilidades de resistência ao que tem sido programado, mas também, composição com os algoritmos. Se o modo como eles têm perpetrado as relações ainda configura-se como prática de consumo que demanda conexão com o ‘novo’ ou instantâneo permanentemente, torna-se importante destacar que o modo como nos permitimos ser afetados pelos encontros com as máquinas e suas propostas é também um modo de (re)posionamento diante da tecnologia.

Biografia do Autor

Camila Pereira Alves, UFRGS/PUCRS

Psicóloga e Analista Institucional. Professora Assistente no curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Integrante do Núcleo de Ecologias e Políticas Cognitivas (NUCOGS/UFRGS) e Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Vanessa Soares Maurente, UFRGS

Docente do Departamento de Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional e do Programa de Pós-graduação em Informática na Educação da mesma universidade. Coordenadora do Núcleo de Ecologias e Políticas Cognitivas (NUCOGS/UFRGS).

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01-07-2024

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Em pauta